Sou licenciado em L.P.L.B., professor e e cronista. Permito-me apresentar como redator de textos de boa qualidade.
Preferencialmente escrevo sobre o cotidiano de nossas vidas: sociedade, política, amor....
Anexo, aqui, um texto de minha autoria, para conhecimento e avaliação da qualidade de minhas escritas:
SONHAR! SONHAR! SONHAR!
DORMINDO? OU ACORDADO?
Neste mundo de ilusões, somos todos nós nada mais nem menos do que grandes incertezas. Nossos destinos são só dúvidas. Não trazemos conosco convicções de nossos objetivos. Nada nos mostra para que trilhamos com tanta fé os nossos caminhos. Nada explica porque nós nos cansarmos tanto com grandes esforços. Na realidade, nada nos leva a lugar algum. Nada clareia a grande verdade que norteia o nosso comportamento. Que aponta para buscar quais resultados. Porque ser de um ou de outro jeito.
Estabeleceram-se entre todos os povos conceitos morais de comportamento. Linhas gerais de conduta iguais para todos. Gente de qualquer país ou lugar. Fundamental é respeitar a outra pessoa. Estudar. Trabalhar.
Cada comunidade social detalha, convencional e particularmente, seu modo de ser e de agir. Enquanto quem trabalha a cultura artística precisa divulgar suas obras, quem trabalha a saúde alheia tem o dever de reserva de informações. São conceitos éticos estabelecidos para cada profissão.
Viver é viajar. Tem o ponto de partida: o nascimento. Seguir a trilha. Uma caminhada longa que não permite cansar. Vitórias e derrotas. Sucessos e fracassos. Até onde? O fim do caminho.
Difícil é saber como cabe dentro nós tanta preocupação pelo modo de vida. Como cabe dentro de nós tanto esforço para trilhar nosso caminho. Tantas obrigações para navegar neste mar revolto que oferece muito mais dificuldades do que facilidades. Tantas ilusões que criam em nossas vidas muito mais desejos do que realizações. Enganos que, como o eco de altos sons, que encontram nas montanhas seus obstáculos, vão se reverberando em ondulações gradualmente decrescentes até desaparecer.
De noite na cama, no escurinho das quatro paredes, olhos cerrados, sem ver e sem ser visto, sem falar nem ouvir, o pensamento abandona o corpo. Voa. Viaja. É o sonho. Um encontro com alguém ou alguma coisa que dá alegria e prazer. Que dá uma deliciosa sensação de conquista e realização. Mas... Que triste! É virtual! Não é verdade! Uma fantasia! E não sabe daquele corpo inerte que ficou ali adormecido. Se ficou com alguma necessidade. Se está bem ou se padece alguma dor.
É o exercício do prazer... de mentirinha. É uma satisfação que não aconteceu. É uma conquista imaginária que não se concretizou. É o alimento que não saciou a fome. A água que não matou a sede. Abraçar um espaço vazio. Beijar uma boca sem sabor. Sonhar. É o nada.
Depois disto, acordar. Encontrar-se consigo mesmo. Correr atrás da verdade. Nutrir o corpo. Olhar bem tudo que desejar, ver as belezas da vida e desfrutar-se delas. Encantar-se com a criança linda e inocente que, mesmo pequenina e fraquinha, é ela que dá muita força a quem gosta dela. Gostar muito de poder olhar. De poder sorrir. Gostar de abraçar. De beijar. E gostar de gostar. E, acordado, sonhar, sonhar, sonhar.
Tudo por um caminho que ninguém projetou. Até onde? Infinitamente. Sem destino.
Chegar... é o fim do caminho... é a queda do corpo que se perde no mar de escuridão, até ninguém mais enxergar. E acabar!
Haroldo Gumes
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